Associação Matogrossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas

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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A Psicologia Anomalística na história da sede da AMPUP

Salão de reuniões – AMPUP
O salão de reuniões onde são realizados os encontros da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP) é parte integrante de uma centenária casa, feita de adobo. Mais especificamente, pode-se dizer, que o auditório planejado para o agrupamento dos participantes da AMPUP foi construído na lateral (grudado) a uma antiquíssima casinha, que guarda muitas histórias. [Foto: salão de reuniões – AMPUP]

Ainda não sabemos a data exata de quando a remota residência foi construída, apenas temos o acerto de que a casa tem mais de 100 anos. Segundo informações colhidas, a casinha era a ultima residência solitária de uma época em que a região era zona rural.

Atualmente, a referida casinha mantém-se em sua firme construção, há cômodos que são utilizados para preservar o museu e a biblioteca da AMPUP, além de guardar uma pequena crônica sobre o lugar.

Um local que, há muito tempo atrás, pertencia a uma senhorinha que faleceu ao final da década de 1970, com a idade aproximada de 104 anos (sic). Ela se chamava dona Antônia Elídia Botelho e morou neste lugar até a sua morte. Dona Antônia era conhecida como “Chantoninha”, uma pessoa querida, de estatura pequena e bastante devota.

Antônia Elídia Botelho, conhecida como “Chantoninha”, antecedente moradora da casinha, na imagem é a primeira da esquerda para a direita – Data: 1964 – crédito: Silvia Arruda.
Todos os finais de tarde ela ajoelhava e rezava o terço. Nunca deixou de fazer isso, mesmo com a idade avançada. Conforme informações, a casa é mais antiga do que a própria senhora “Chantoninha”, pois, pelos relatos, quando ela veio residir no local (na época era um sítio), a casa já existia. Dona Antônia veio morar neste lugar pouco tempo após o seu casamento. Ela se tornou viúva muito cedo e, por muito tempo, viveu neste lugar quase que sozinha, sem ter se casado novamente. [Foto: Antônia Elídia Botelho, conhecida como “Chantoninha”, antecedente moradora da casinha, na imagem é a primeira da esquerda para a direita – Data: 1964 – crédito: Silvia Arruda].

Não raro, casas antigas mexem no psicológico das pessoas e, curiosamente, todo este lugar não foge dos contos e “causos” relatados por diversas pessoas que garantiram terem testemunhado, nesta região, acontecimentos “inusitados” dentre as juras de verdade e o olhar atento (e fascinado) da psicologia e parapsicologia. As histórias variam entre contos quase que contemporâneos falando de uma “senhorinha sair de baixo da figueira (que existe até hoje) e desaparecer na frente da casinha”, ou mesmo épicos e afamados casos antigos. Muitos relatos contados e camuflados no drama psicológico das testemunhas; ...e há aqueles que se destacam:

Silvia Arruda (70 anos/ 2020) – tradicional várzea-grandense conhecedora das antigas histórias desta região, esposa do senhor Estevão de Arruda (82 anos/ 2020) – neto da finada “Chantoninha”.
“Mangueiral Assombrado” – local que foi assim apelidado e cuja fama perdurou por muito tempo, mas que foi desaparecendo com o passar dos anos. A história veio à tona, novamente, por uma tradicional várzea-grandense (Sílvia de Arruda – 70 anos/2020) – esposa de um dos netos (Estevão de Arruda – 82 anos/2020) de dona “Chantoninha”. Diz ela: “...as pessoas morriam de medo de passar por ali, eu acho que alguém assombrava propositalmente, só para dar medo nas pessoas, a fama já tinha e o resto você avalia”, assim ela conclui. [Foto: Silvia Arruda (70 anos/ 2020) – tradicional várzea-grandense conhecedora das antigas histórias desta região, esposa do senhor Estevão de Arruda (82 anos/ 2020) – neto da finada “Chantoninha”]

“Cavalo Fantasma” – testemunho de inúmeras pessoas daquela época que diziam que, muitas vezes, um inesperado cavalo, aparentemente enfurecido, vinha galopando por toda a extensão de onde é hoje a Av. Felinto Mulher. Eram relinchares e barulhos que arrepiavam qualquer um que escutasse !!! Acontecimento quase que constante, sempre no horário próximo da meia-noite! O estranho cavalo surgia por essas redondezas e percorria galopeando até onde é hoje a igreja Nossa Senhora do Carmo (próximo à antiga caixa d’água – parte central da cidade), estranheza que aconteciam nas décadas de 40 e 50.

Praça da Igreja Nossa Senhora do Carmo – vista a partir da Av. Couto Magalhães e do outro lado a Av. Felinto Muller – VG, final dos anos 50. Na esquerda, a igreja Nossa Senhora do Carmo ainda com a frente para Couto Magalhães, depois foi demolida e construída de frente para a praça.
Apesar desse relato, atualmente, ser muito difícil de ser encontrado, o conto veio à tona novamente com o depoimento de Sérgio Araújo (66 anos/ 2020), sendo ele outro neto de dona Antônia. Diz ele que o pai (genro de “Chantoninha”), certa vez, testemunhou frente-a-frente o “cavalo-fantasma”, que, segundo conta, soltava fogo nos cascos e não se conseguia ver a cabeça do animal, “surgia do nada” e "por essas redondezas". O próprio presidente da AMPUP já havia escutado tal “causo” contados pelo seu avô paterno e, também, por outros antigos moradores (década de 80). [Foto: Praça da Igreja Nossa Senhora do Carmo – vista a partir da Av. Couto Magalhães e do outro lado a Av. Felinto Muller – VG, final dos anos 50. Na esquerda, a igreja Nossa Senhora do Carmo ainda com a frente para Couto Magalhães, depois foi demolida e construída de frente para a praça].  

Apesar da Psicologia Anomalística se encantar com a “verdade” dessas pessoas, a pergunta fica: histeria coletiva? Criação psicológica? Realidade ou incremento da imaginação? Ou uma mistura das duas coisas? O que eles realmente viram? Independente da resposta: é muito bom relembrar os “causos” que ficaram camuflados na vivência psicológica do nosso povo daquela época.


Autor:
Ataide Ferreira da Silva Neto - psicólogo, escritor, conferencista, estudioso sobre as estranhezas psíquicas/parapsicologia, presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP), consultor da Revista UFO.